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No Irão, mulheres e homens que já saíram da Idade Média estão numa campanha para que as mulheres tenham o direito de escolher usar, ou não, o pano na cabeça. Agora o argumento dos clérigos é que os homens, por verem o cabelo das mulheres vão passar a masturbar-se mais... olha, se isso melhora o índice de felicidade... haja alegria...

Na verdade, o que diz esta mulher é que é certo: era bom que um dia as mulheres, em vez de sentirem medo na presença da polícia dos costumes [e dos homens], pudessem sentir-se em segurança sem terem que abdicar dos seus direitos de seres humanos que são.

 

 

publicado às 19:47


My kind of yoga

por beatriz j a, em 31.05.17

 

 

Sounds of nature on the Amazon River. Live.

 

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publicado às 18:40


Pessoas que deviam mudar de profissão

por beatriz j a, em 31.05.17

 

 

 

 

 

publicado às 14:17


Onde foram desencantar esta pessoa?

por beatriz j a, em 31.05.17

 

 

... que defende que a escola não é sítio para demonstrações de carinho (vê-se mesmo que não sabe o que é uma escola... está cheia de adolescentes que namoram e o mais que fazem é andar de mão dada ou aos beijos pelos cantos - os alunos passam seis ou sete horas por dia na escola e não estão sempre em actividade lectivas de modo que nos tempos livres têm direito a prosseguir as actividades normais da adolescência, entre as quais, namorar, sem serem perseguidos pela polícia dos costumes que esta senhora defende), que os adolescentes terem ido para a escada gritar palavras de ordem, do género, 'abaixo a homofobia' é uma manifestação 'tremendamente violenta' (será que acha as manifestações de adultos, na rua, contra os governos, 'tremendamente violentas'?), que ninguém deve fazer coisa alguma que ofenda ou aborreça os outros na escola (??? se nunca incomodarmos ninguém não há inovação nem mudança social) e que a tutela devia impôr normas de conduta (quer adolescentes e professores amestrados, obedientes e burrinhos inofensivos? ou quer importar a polícia dos costumes do Irão?), que devia ser proibido o confronto de opiniões porque temos que ser 'fazedores de paz' (portanto, os que lutaram e confrontaram a ditadura, seriam no seu entender, mal educados e anti-pedagógicos???) e, nunca, nem uma única vez, se refere ao facto de duas raparigas terem sido repreendidas, não por beijarem mas por se beijarem uma à outra, como se isso não fosse um acto anti-pedagógico e agressivo. Como é que um canal de TV leva lá uma pessoa desta estirpe, com o título de especialista, dando a entender que a sua opinião tem uma qualquer cientificidade?

No meio de isto tudo a mulher ainda arranja tempo para criticar os professores que não trabalham para além dos seus deveres e do que se espera deles... onde foram desencantar esta pessoa e, para quê?

 

 

 link na imagem

 

 

publicado às 13:48


Exibicionismos

por beatriz j a, em 31.05.17

 

 

 

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publicado às 05:09

 

 

C’est magnifique.

 

 

publicado às 21:18


Os EUA acabam de dar um grande passo em falso

por beatriz j a, em 30.05.17

 

 

Há muito tempo que entrámos na era germânica: as ideias políticas dos séculos XIX e XX saíram da forja dos filósofos alemães; a economia dominante é anglo-saxónica mas as ideias que forjaram as convulsões dos séculos XIX e XX na Europa e em grande parte do mundo, para o melhor e para o pior, são as dos alemães: do Kant, do Hegel, do Marx, do Engles, do Nietzsche e Heidegger.

Ainda o império britânico parecia brilhar incontestado e já se desmoronava enquanto crescia a influência da Filosofia alemã que está por detrás de todos os movimentos políticos e alguns económicos que começaram a forjar-se no século XIX e ainda nos regem. 

 

Esta ascenção alemã teve um interregno abrupto por causa da Segunda Grande Guerra. Durante muito tempo a Alemanha esteve sob ocupação e, mais tarde, sob protetorado americano, contra a outra Alemanha [comunista/soviética] de Leste. Os EUA, por força da entrada decisiva e vitoriosa na Segunda Guerra e por força do plano Marshall, tornaram-se uma espécie de potência meio protetora, meio paternalista, da Alemanha, que aceitou esta protecção, até porque durante muito tempo não soube como gerir/contextualizar a sua História recente e evitava qualquer iniciativa relacionada com exércitos e tudo o que pudesse dar ideia de agressividade. 

Esta situação convinha aos EUA porque, mantendo-se como a potência que mais contribuia financeiramente para a NATO (e para a ONU), acabava por deter, por conta disso, um poder decisório e decisivo, muito grande, na Europa e no mundo.

No que respeita à NATO, os países do seu protetorado, nomeadamente a Alemanha mas, também outros que beneficiaram do plano Marshall e ainda pagavam em lealdade essa beneficência, seguiam a liderança dos EUA em praticamente tudo e, mesmo quando não concordavam com as ofensivas americanas, mantinham-se passivos, sem fazer oposição.

 

Pois o Trump, que só pensa em dinheiro como comerciante que é, acabou de destruir essa posição de força que tanto custou aos EUA construir, pois se todos agora passam a pagar o mesmo, mais ou menos, não há razão para que a Alemanha, já não dividida e hesitante quanto ao seu lugar no mundo, mantenha a posição de submissão que tinha relativamente aos EUA e, pela mesma ordem de ideias, não há razão para o domínio americano se manter. 

Estamos em plena era alemã e a situação internacional mudou.

Neste momento o interregno da ascenção da influência da Alemanha na Europa acabou e a Alemanha deu-se conta que está em plena posição de igualdade de força moral com os EUA. (Merkel says EU cannot completely rely on US and Britain any more). Se a Europa já não pode contar com os EUA, os EUA também já não podem contar com a Europa...

 

Foi um grande passo em falso dos EUA e arriscam-se (se a Alemanha levar as suas próprias palavras a sério ["O Ocidente é uma ideia de valores universais (...) uma ordem internacional em que acreditamos que essa ordem internacional é mais do que a soma dos interesses nacionais", frisou, evocando "o fracasso dos Estados Unidos como uma grande nação". (Sigmar Gabriel, chefe da diplomacia alemã)] e não as disser apenas para efeitos de campanha eleitoral onde a Merkele aparece agora, todos os dias, a beber cerveja e a dizer as mentiras que os políticos dizem nessas alturas) a ficar permanentemente arredados do lugar de nº 1 mundial no que respeita a ditar políticas internacionais, pela simples razão que, se a Alemanha quiser e a Europa quiser o que a Alemanha quiser, a Europa passa a ter a sua própria força militar.

Ora, se a Alemanha fizer as coisas como deve ser, quer dizer, se trabalhar para uma Europa unida, em vez de criar dissenções como tem feito até agora, não há razão para que a Europa não queira o que a Alemanha quer e, nesse caso, a Europa torna-se uma grande força no mundo, mesmo sem a Inglaterra, com o seu próprio exército e iniciativa militar sem necessidade da ajuda americana.

 

No mesmo dia em que Trump andava aqui a bater com o punho na mesa à Merkele, esta esteve com o Obama em Berlim numa conversa sobre fé e democracia. Que o Obama tenha ido a Berlim falar de democracia no mesmo dia em que Trump, o seu Presidente, estava a uns metros a falar do futuro da NATO e da participação dos EUA no acordo de Paris, não pode ter sido inocente... nem do lado dele, Obama, nem do lado dela, Merkele...

Os próximos anos vão ser de reconstrução de exércitos europeus. Essa cartada já os EUA a perderam porque Trump é um ignorante, politicamente falando e, é aconselhado por Kushners e companhias que são best pals dos russos. Os EUA estão com problemas internos, graves. O Putin está a capitalizar... e os ingleses devem estar confusos.

Uma Europa militarizada acaba por ser uma inevitabilidade, indesejada, digo eu, que não acho bom prenúncio evoluirmos para Estados cada vez mais militarizados, nem vejo como isso se coaduna com a visão de sermos uma ideia de valores universais.

Mas não há dúvida que vivemos tempos interessantes.

 

 

 

publicado às 20:43

 

 

Dornes, perto de Ferreira do Zêzere. Já me disseram que há trilhos espectaculares nas serras e ficar em Dornes deve ser uma experiência e tanto.

 

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publicado às 19:40


Citação deste dia

por beatriz j a, em 29.05.17

 

 

 “We had all the information, really. It was all there. We just didn’t understand.”  (Mary Doria Russell, reflecting on a failed mission to space, in The Sparrow)

 

 

publicado às 06:37


Haja alegria a caminho do trabalho :)

por beatriz j a, em 29.05.17

 

 

 

publicado às 06:12

 

 

 

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publicado às 19:57


Trying to be free of his own walls

por beatriz j a, em 28.05.17

 

 

Matteo Pugliese

 

publicado às 18:08


Dürer

por beatriz j a, em 28.05.17

 

 

Christ among the Doctors, detail |A.Dürer  (Jesus argumenta, os rabis citam os livros e tudo isso se vê nas e, pelas, mãos que [se] debatem)

0223 2.jpg

 

 

A.Dürer / Study of hands

 

 

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publicado às 14:34


Casa-Museu Medeiros e Almeida

por beatriz j a, em 28.05.17

 

 

Ontem fui ver a Casa - Museu Medeiros e Almeida. Aproveitei estar lá uma exposição (até hoje) de uma colecção de jóias portuguesas do século XVIII (nesse século, o do ouro e pedras do Brasil e da Índia, as jóias mais bonitas que se faziam eram portuguesas) pertencentes a um antiquário londrino e fui ver a casa que nunca tinha visto. Muito bonita. Depois, sendo eu o contrário das outras pessoas, gosto do cheiro das madeiras nas salas e quartos antigos (gosto do cheiro das sacristias que têm aqueles móveis antigos de madeira para guardar os paramentos), de modo que, assim que entrei nos quartos e salas com as paredes em madeira trabalhada com relevos, já não me apetecia sair de lá. Com um bocadinho de imaginação, vemos e cheiramos o século XIX, à mesa, a jantar, com as personagens do Eça ou do Proust.

A escadaria em madeira e a de azulejos foram das coisas preferidas.

Tem objectos muito bonitos.

A jóias expostas temporariamente são poucas mas, lindas, no sentido de grandiosas, elegantes e exuberantes. 

 

 

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publicado às 06:28


Bom dia :)

por beatriz j a, em 27.05.17

 

 

 

publicado às 08:33


meditativo

por beatriz j a, em 27.05.17

 

 

O que é o mais e o menos?
O que somos e o que temos
Se não formos o melhor que somos
o que temos faz-nos pequenos.

 

bja

 

publicado às 00:07


Uma espécie de infinito no finito

por beatriz j a, em 26.05.17

 

 

busquei as palavras
por entre os murmúrios do mar
mas vívido era o silêncio nos intervalos do seu restolhar.
 
bja
 

  foto de Mónica Fonseca

 

publicado às 23:51


dos alunos - a minha turma do 10º ano

por beatriz j a, em 26.05.17

 

 

Hoje na turma do 10º ano, um pedacinho da aula, foi isto, com as perguntas [minhas] e respostas [deles] acerca da fruição da arte:

 

Eu- em que sentido é que falamos de uma experiência estética?

A- no que somos capazes de sentir com uma obra de arte.

Eu- só sentir?

A- não, pensar também e evocar recordações ou pessoas ou experiências.

Eu- e o que fazemos com esse material?

A- juntamos tudo numa emoção, ou várias, se calhar.

Eu- que tipo de emoção?

A- alegria, surpresa, horror, admiração, nojo, paixão, excitação, riso, revolta. Depende da obra. 

Eu- quer dizer que nem sempre a obra de arte é bela, se causa horror ou nojo? E nem sempre é um prazer a sua contemplação?

A- o prazer pode vir dessas emoções, por exemplo, às vezes causa tristeza e é a tristeza que procuramos.

Eu- somos masoquistas?

A- não, mas por exemplo na música somos capazes de ficar muito tempo a ouvir só músicas tristes que nos fazem sentir tristes mas bem ao mesmo tempo.

Eu- explique melhor. Procuramos uma experiência estética que nos dê o prazer de sentir mal?

A- não é bem isso.

Eu- então, eu pergunto de outra maneira: se a tristeza causa sofrimento porque é que procuramos obras tristes, pesadas, depressivas - há pessoas que durante estados depressivos ficam obcecadas por certa música, certo poema, certa pintura, que olham ou ouvem vezes sem conta... que prazer estético é que isso pode proporcionar?

A- sabermos e sentirmos que alguém sente como nós ou já se sentiu como nós e não somos os únicos, é como se fosse um amigo que está connosco e nos percebe e nos acompanha na tristeza para não nos sentirmos sós.

Eu- então uma obra triste, ou de horror, ou de vazio, etc., quer dizer, uma obra que não tem aqueles canons que vimos corresponderem aos ideais do que vulgarmente se considera belo pode ser, no entanto, bela?

A- sim.

Eu- então voltamos ao princípio. Em que consiste uma experiência estética?

A- numa emoção que tem um grande impacto em nós, que pode ser nossa ou da obra ou dos dois ao mesmo tempo.

A- se usarmos a imaginação podemos sentir o que o autor sentiu, podemos ir aos lugares que descreve ou pinta ou isso e ser ele, com a vida dele.

Eu- e isso é bom porquê?

A- Porque a nossa experiência é limitada e é uma maneira de vivermos outras experiências, outras vidas que nunca havemos de ter [quem disse isto é um miúdo que tem más notas a muitas disciplinas].

 

(isto foi só um pedacinho da aula mas as aulas com esta turma são muito assim. a maioria destes miúdos tem 15 anos, nunca foi a um museu nem nunca tinha visto uma obra de arte. é preciso vê-los, muito sérios, a discutir e pensar e tentar perceber as coisas, a vida e o lugar deles nela para se perceber porque se gosta desta profissão. a mim parece-me que os miúdos têm mais do que aquilo que se tira deles)

 

 

uma música [das mais tristes de sempre] bela de ficar emocionada de triste :)

 

publicado às 22:58


A persistência da vida

por beatriz j a, em 26.05.17

 

 

 

by Anne Middleton 

 

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publicado às 22:13

 

 

É isso e dizerem-me, 'não pode stressar-se'... isso para mim é igual a dizerem-me, 'não pode ter sangue RH+, deve ter negativo'... okay, vou já ali a correr mudar.

Hoje esteve um dia murchinho, passei a tarde toda no hospital e fiquei a saber que já não tenho 20 anos e que não posso fazer duas maratonas por semana sem consequências... LOL   Olha, vou experimentar fazer fisioterapia para aprender uns exercícios.

Coisas boas do dia de hoje: a notícia que posso continuar com as caminhadas e a aula com a turma do 10º ano ter sido tão divertida, por causa das intervenções de um aluno acerca do moralismo na arte, que a certa altura ninguém conseguia parar de rir.

 

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publicado às 20:58

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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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