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Está bonito

por beatriz j a, em 30.09.10

 

 

 

(roubado do Umbigo)

 

 

publicado às 21:27

 

 

 

A medidazita que faltou

por FERREIRA FERNANDES

<input ... >


Ele é vogal de uma dessas entidades reguladoras portuguesas - insisto, não é ministro de país rico, é um vogal de entidade reguladora de país pobre - e foi de Lisboa ao Porto a uma reunião. Foi de avião, o que nem me parece um exagero, embora seja pago pelos meus impostos. Se ele tem uma função pública é bom que gaste o que é eficaz para a exercer bem: ir de avião é rápido e pode ser económico. Chegado ao Aeroporto de Sá Carneiro, o homem telefonou: "Onde está, sr. Martins?" O Martins é o motorista, saiu mais cedo de Lisboa para estar a horas em Pedras Rubras. O vogal da entidade reguladora não suporta a auto-estrada A1. O Martins foi levar o senhor doutor à reunião, esperou por ele, levou-o às compras porque a Baixa portuense é complicada, e foi depositá-lo de volta a Pedras Rubras. O Martins e o nosso carro regressaram pela auto-estrada a Lisboa. O vogal fez contas pelo relógio e concluiu que o Martins não estaria a tempo na Portela. Encolheu os ombros e regressou a casa de táxi, o que também detestava, mas há dias em que se tem de fazer sacrifícios. Na sua crónica nesta edição do DN, o meu camarada Jorge Fiel diz que o Estado tem 28 793 automóveis. Nunca perceberei por que razão os políticos não sabem apresentar medidas duras. Sócrates, ontem, ter-me-ia convencido se tivesse também anunciado que o Estado passou a ter 28 792 automóveis.

 


publicado às 09:30


contra o deslumbramento e a fatalidade

por beatriz j a, em 30.09.10

 

 

Será o deslumbramento uma política?

por MANUEL MARIA CARRILHO

 

 

Quando procuramos o traço que melhor revela hoje a incapacidade das lideranças políticas, é sem dúvida no deslumbramento que a encontramos. Num deslumbramento que consiste numa grave perturbação da visão, seja ela provocada pela falta de distância ou por um excesso de luz. O deslumbramento é sempre a outra face de uma ofuscação, de um dogma, de uma cegueira. O deslumbrado olha, mas é incapaz de ver.

Quando hoje analisamos a crise que temos vivido nos últimos anos, percebe-se que não foi por falta de saber que não se viu o que lá vinha, mas por excesso de deslumbramento: porque o deslumbramento desvaloriza a prudência, inutiliza o conhecimento e dilui o saber.

E esta crise foi, em grande medida, a consequência de um duplo deslumbramento: com a nova finança e a sua delirante criatividade, com as novas tecnologias e as suas mirabolantes promessas, que se impuseram com uma tóxica cumplicidade.

Foi este duplo deslumbramento que cegou e manietou tanta gente. E é ainda ele que, hoje, leva muitos a pensar que será com a retoma dos factores que provocaram a crise que se sairá dela. Isso acontece porque o deslumbramento, ao desprezar o passado e ao ignorar o futuro, vive e faz viver num presente completamente virtual.

Num presente que é feito de activismo sem estratégia, colado a um imperativo de modernidade que se apresenta como um acelerador de tudo, mas que, na realidade, ninguém vislumbra ao que conduz. Ser moderno tornou-se simplesmente nisto, em ser deslumbrado!...

Daí a importância das estatísticas; elas insinuam hoje que, no universo do deslumbramento, os números são o único valor incontroverso. Elas apresentam os números como se eles garantissem a transformação instantânea da quantidade em qualidade. E falam das políticas "de resultados" como se os meios não contassem, escondendo sempre o essencial: isto é, que ao lado do significado dos números existe também a insignificância dos números. Que para lá do que eles dizem, está sempre o que eles omitem.

Os deslumbramentos financeiro e tecnológico são na verdade um só, que se revela na proclamação da modernidade como um puro fatalismo, como um processo independente das escolhas colectivas ou das decisões individuais, como se o seu objectivo fosse apenas o de tudo adequar a um processo histórico supostamente inelutável.

Compreende-se assim que o deslumbramento desmagnetize a sociedade e desvitalize a política, aproximando-nos da profecia de Jean Baudrillard, que há anos antecipou que o objectivo da classe política seria cada vez mais, não o de governar, mas o de "manter a alucinação do poder", confundindo países reais com miragens tecnológicas. O que, naturalmente, leva a que a sociedade olhe cada vez mais para tudo isto como uma - ora indiferente, ora insuportável - amálgama de palavras, de imagens e de vazio.

O deslumbramento tecnológico-financeiro tornou-se, deste modo, o grande impulsionador das principais formas de demagogia do nosso tempo, sejam as do optimismo tão virtual como pueril, sejam as do pessimismo tão nostálgico como catastrofista.

E não vejo modo mais eficaz de as contrariar do que o de uma renovada pedagogia que introduza - na vida, na política e nos media - mais conhecimento, mais diálogo e mais proximidade. E também tempo, sim, tempo, porque o curto-termismo é o carrossel de todos os deslumbrados.

Tudo isto faz cada vez mais da história o argumento, o conhecimento decisivo para contrariar os efeitos do deslumbramento e da sua demagogia. Só a história perspectiva o presente, revelando a sua contingência, mostrando que o que aconteceu podia não ter acontecido, ou ter acontecido de outra forma. Que na vida e no mundo tudo resulta sempre da conjugação da imprevisibilidade dos factos, da multiplicidade dos interesses, da diversidade dos contextos e das opções dos cidadãos. Que há sempre soluções quando há visão.

Contra a fatalidade, a história. Contra o deslumbramento, a lucidez. Contra a demagogia, a pedagogia. Contra os impasses do optimismo e do pessimismo, o realismo. Contra o curto-termismo, o médio e o longo prazo. Contra a pasmaceira, o sentido de futuro.

Eis do que precisamos, se queremos ter de novo uma finança ao serviço da economia, novas tecnologias ao lado da emancipação dos cidadãos e uma política que abra horizontes e crie de facto alternativa.

 


publicado às 09:26


manhã cor-de-rosa

por beatriz j a, em 30.09.10

 

 

 

publicado às 08:21


o inglês do pseudo-engenheiro

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

Confesso que não consegui ver até ao fim aquele vídeo do Sócrates a falar na Universidade da Columbia porque é díficil não sentir vergonha. Não é que uma pessoa seja obrigada a falar uma língua estrangeira. Tem o dever de falar bem a sua. Mas, no caso de não a falar bem, porque insiste em falá-la? É não ter a noção de que ao expôr-se ao ridículo expõe também o seu país. Quem é que se gaba das suas 'shortcomings'? Que crédito tem um país onde o primeiro ministro faz questão de pôr em evidência o que tem de pior?

É uma vergonha...

publicado às 21:17


inúteis

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

O que custa nisto é sabermos que vamos ser empobrecidos para sustentar os roubos de 14 anos de governo destes incompetentes. Pior, como o incompetente das finanças não sabe investir o dinheiro este sacrifício não vai servir de nada.

Não é que o Sócrates acabou de dizer que a economia em Maio estava muito bom??!!

O das finanças a dizer que o sacrifício não é do governo mas do país! Quer dizer, nós a pagar e eles a gastar em carros e reformas e ainda diz isto...

 

publicado às 20:21


ali bábá e o bando dos 40

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

 

 

 

Tirar 5% ou 10% de ordenado, subir o IVA, reduzir a ADSE, aumentar os impostos e congelar as progressões, ou seja, empobrecer o povo, que as reformas e outros dinheiros de figurões já estão ao largo, não é verdade? Agora está o da finanças, esse incompetente que não sabe navegar e só dá machadadas no casco do barco a dizer que não vai fazer investimentos, ou seja, vai ficar de braços cruzados a fazer de cobrador.

 

 

 

publicado às 20:05


ao menino de sua mãe...

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

Data

Tempo de solidão e de incerteza
Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação

Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão

Tempo dos coniventes sem cadastro
Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rasto
Tempo da ameaça

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

publicado às 18:49


Love Changes (Everything) - CLIMIE FISHER

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

publicado às 15:36


outro

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

Agora é o Durão Barroso a falar de responsabilidade...um tipo que fugiu daqui...

 

publicado às 15:32


os incompetentes que nos governam

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

Hoje na Assembleia da República não se está a fazer demagogia. São apresentados factos e números e são reveladores da completa incompetência do governo. O Presidente acha que não podemos entrar em crise política de não aprovação do orçamento e de eventual demissão do governo. Eu cá acho que meter estes incompetentes na rua é a única solução. Os deputados do PS são os únicos que estão a fazer demagogia. O Candal estáq a dizer que a despesa do Estado está controlada...

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publicado às 15:00


currículos alternativos

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

 

Currículo para americano ver

Primeiro-ministro tem três currículos oficiais diferentes. José Sócrates aparece como fundador da JSD e licenciado em Coimbra no currículo oficial fornecido a uma universidade dos Estados Unidos.

 

 

 

publicado às 12:37


ódio aos professores

por beatriz j a, em 29.09.10

 

 

Só ontem consegui ver a famosa entrevista do Miguel Sousa Tavares. O indivíduo devia ir ao psicólogo tentar resolver o problema que tem com a figura do professor. Não me parece normal esta ressentimento e ódio indisfarçável aos professores que ele vive de forma tão dramática que não se restringe de mentir e tudo só para exercer a sua catarse violenta. Também me chamou a atenção o facto de criticar o Sócrates com palavras duras ele que o endeusava. Parece que só agora descobriu que o sócrates mentiu o tempo todo...compreensão lenta, não?

 

publicado às 12:29


ícones

por beatriz j a, em 27.09.10

 

 

 

Convento S. Adriano

 

publicado às 08:39


os caminhos que se escolhem

por beatriz j a, em 27.09.10

 

 

 

Costumava pensar, com grande ingenuidade, que cá em Portugal. ao contrário do que se dizia, nem sempre éramos mais atrasados e parvos que os outros. Quando via aqueles filmes americanos sobre as escolas e a educação, pensava para mim ser evidente o que corria mal por lá na educação: via-se que os professores eram tratados abaixo de cão e que por isso os alunos não os viam como professores; via-se que as escolas de zonas pobres estavam ao abandono, sem recursos, escuras, sujas e a abarrotar. Costumava pensar, na minha ingenuidade: eis um campo onde não entrámos nos caminhos errados de outros países de tal modo que ao contrário deles, por cá, é a escola pública e não a privada que tem prestígio. Certamente o caminho será o de melhorar o que temos e não imitar o que de mal fazem outros. Que ingenuidade! Não só estragámos o que era bom como incentivámos o erro. Agora tentamos imitar os toscos remédios dos outros...

É frustrante ver-se os caminhos errados e ver-se os outros a enveredarem por eles, ignorando todos os chamamentos e avisos que se fazem. Sofre-se por antecipação, por assim dizer, e nada se muda.

 

publicado às 07:42


pensamentos de dois mélreis...

por beatriz j a, em 27.09.10

 

 

 

A amizade é uma vontade de proximidade. É um movimento de partilha.

 

publicado às 07:26


ensino privado, ensino público

por beatriz j a, em 26.09.10

 

 

 

Está a RTPN a apresentar uma peça de apologia do ensino privado, utilizando tudo quanto é falácia sem pudor. Defende-se que se o Estado desse dinheiro para o ensino privado em vez de investir no público pouparia milhões de euros e todos os alunos entrariam na faculdade na primeira opção. Só faltou dizer que nesse caso também assegurariam a todos os alunos do privado um lugar garantido no céu com entrevista particular com o Cristo em pessoa...

Assim vai a educação em Portugal. Nada se discute a sério, tudo é um jogo de interesses, políticas e negócios.

publicado às 22:22


pensamentos de dois mélreis

por beatriz j a, em 26.09.10

 

 

 

Onde não há vontade de conhecimento não há compreensão.

 

 

publicado às 20:41


van halen

por beatriz j a, em 25.09.10

 

 

 

Quando a música é um transporte para o infinito.

 

 

 

 

publicado às 22:34


os jokers no baralho

por beatriz j a, em 25.09.10

 

 

 

Falava à bocado com um amigo a propósito do artigo da Catalina Pestana que pus aqui no blog porque dá o tom exacto da degradação a que chegou a vida política do país. A certa altura ela compara este período com o do PREC, mas eu acho que estamos muito pior. É certo que havia muito caos e muita coisa era mal feita, com as lutas pelo poder a serem, por vezes, ferozes, mas a par disso havia muito idealismo. Agora é só corrupção e ganância e cinismo e muito desprezo pelos que menos têm. Gente de muito baixo nível governa-nos e dita o nosso futuro. E no entanto o país está cheio de pessoas com valor. Mas não quiseram assumir responsabilidades e deixaram que lhes fechassem os caminhos.

Se o Sócrates ficasse em N.Y. a fazer companhia ao corninhos, livrávamo-nos desses dois miseráveis. Fazem-me sempre lembrar o joker no crapôt: quando por acaso uma carta não está imediatamente disponível alguém agarra num joker e põe-no no lugar da carta. É um recurso que entope o baralho e não se deve, por isso, usá-lo, a não ser em último caso, quando não há mesmo possibilidade de ir buscar a carta certa. Pois neste momento temos todos os jokers em jogo a substituir as cartas mais importantes do país. E com isso o jogo está todo entupido.

 

publicado às 21:01

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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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